sábado, 30 de abril de 2011

PARTITURAS E ARRANJOS!

Precisando de partituras e arranjos, é só mandar um e-mail para: martinsclarinetesax@hotmail.com
que,se tiver,mando para você!Será um prazer atendê-los (as).

domingo, 3 de abril de 2011

Melhorando o staccato na clarineta


O staccato é um elemento importantíssimo na expressão musical. Ele ajuda a indicar o caráter do que se está tocando e define melhor certas frases musicais e ritmos. Até o fim do século 18, os compositores não indicavam nenhuma articulação em suas partituras, dando ao músico total liberdade.
O staccato é feito quando interrompemos a vibração da palheta com a língua, encurtando o valor da nota. A língua funciona como uma válvula que controla o fluxo do ar que faz a palheta vibrar. Para que esse processo se dê de forma eficaz, deve-se usar a ponta da língua -firme- tocando a ponta da palheta. Evite deixar a língua mole ou tocar o meio da palheta, pois perde-se precisão e velocidade. O ideal é que ela permaneça bem próxima da ponta da palheta, sempre.
Boa parte dos clarinetistas sente "pavor" ao ver uma partitura em andamento rápido sem ligaduras, principalmente se houver muitos "pontinhos" sobre as notas. Para evitar o pânico, o ideal é manter um estudo voltado para superar essa dificuldade. A primeira coisa a se fazer é estudar o staccato lentamente, prestando atenção se eles saem todos com uma mesma intensidade e com a mesma duração. Não adianta forçar um andamento rápido se não o fizer lento, o mais preciso quanto possível. O uso do metrônomo é indispensável!
diário
Outra coisa muito importante é manter a pressão do ar, mesmo enquanto a língua está na em contato com a palheta. Isso porque se gasta muito mais ar para colocar a palheta em vibração diversas vezes (no caso do estaccato), do que para sustentar a palheta vibrando a partir de um sopro inicial (no caso nas notas longas e legato). Todo o segredo está aí.
Você vai notar também que existe uma grande diferença quanto à dificuldade de execução nos diferentes registros da clarineta, e nossa meta é deixar o staccato uniforme. Comece em 60 no metrônomo, vá aumentando progressivamente, e quando sentir que o andamento está já ficando confortável, passe para o outro exercício. Com o aumento da velocidade, começa a aparecer mais uma dificuldade: a respiração. Procure respirar a cada dois compassos, entre o último tempo do compasso, e o primeiro do próximo. Não ceda à tentação de "comer" algumas notas para respirar!! Essa é mais uma dificuldade a ser superada. Tente praticar com uma boa postura e de forma bem relaxada. Não fique mais de 15 minutos repetindo esse treino, pois a língua, como qualquer músculo, começa a se fatigar. Faça pausas. Ao longo do tempo você conseguirá maior resistência. Lembre-se de que o indicador para aumentar o andamento ou trocar de exercicio é sempre a qualidade. Bons Estudos!!


Fonte:
Michel Moraes é clarinetista e tem atuado em várias formações, tais como o Quinteto Madeira de Vento, Orquestra Sinfônica de Santos, além de grupos de jazz e rodas de choro.

Segredos para a boa sonoridade na clarineta


Hoje eu vou falar do aspecto que considero um dos mais importantes da técnica
da clarineta: a sonoridade. Geralmente essa faceta da técnica é negligenciada pelos
métodos do instrumento - por se tratar de um assunto subjetivo - e até mesmo
professores renomados evitam ensinar os pequenos detalhes que valem ouro e podem
ajudar a melhorar o som no instrumento, por acharem “óbvio” ou não relevante. Quando
digo sonoridade, me refiro a várias coisas, como timbre, emissão, controle de dinâmica
e projeção do som. Basta um nota longa para sabermos a qualidade do clarinetista,
independente da técnica que possui com os dedos. Começaremos pelo “óbvio”, pois
esses conselhos podem não ser óbvios a todos.Vou tentar explicar de maneira simples
como melhorar principalmente dois apectos que compõem o som na clarineta: timbre e
a emissão. O primeiro passo para começar a trabalhar o som é possuir uma boa palheta e
uma boa boquilha, pois sem o aparato necessário não há condições físicas para tal. O
segundo passo, é o mais importante: a referência. Como é que pretendemos chegar a
uma bonita sonoridade se não sabemos o que é? Existem muitas maneiras e estilos de se
tocar, e cada uma delas pode aportar um timbre específico, sem dizer que cada solista
tem sua sonoridade particular. Precisamos ouvir muitas gravações, ir a muitos
concertos e shows, até formarmos um sólida referencia do timbre que nos agrada mais.
Experimente imitar o timbre que gostaria de ter.
Um grande obstáculo para quem quer ter um bom timbre de clarineta é uma
embocadura incorreta. Deve-se esticar o queixo para baixo a fim de
liberar o excesso de pele dos lábios inferiores em contato com a palheta. Isso vai otimizar a vibração dela, fazendo o instrumento soar mais e com
menos ar. Outro impedimento é a pressão demasiada do lábios oprimindo a passagem
de ar na palheta, principalmente na tessitura aguda.
Se “guinchar” é porque está apertando demais com os lábios. Se o som não sair,
ou sair muito fraco é porque está faltando mais pressão de ar. Pratique em frente a um
espelho e procure notar bem se está conseguindo manter a embocadura esticada e sem
mexer enquanto troca de registro.
Outro grande segredo para ajudar a refinar o timbre é o ajuste das cavidades
internas da boca. Observe que além da embocadura, o espaço das cavidades internas da
boca e garganta influenciam no som. Esses espaços são como se fossem a própria
continuação do instrumento e podem modificar o timbre e a afinação. Como a clarineta
possui uma grande tessitura, é necessário que se façam ajustes.